quarta-feira, 3 de junho de 2015

Aprendendo sobre Patchwork e o Quilt

Se procurarmos um pouco na história iremos descobrir que os registros de trabalhos em patchwork e o quilt são muito antigos e suas primeiras evidências são da época dos Egípcios. Existem desenhos nas paredes de cavernas que mostram os faraós usando roupas feitas com a técnica do patchwork

Também podemos encontrar relatos de que eram utilizadas sobras de tecidos para se confeccionar as roupas acolchoadas que eram usadas em baixo das armaduras dos soldados na Europa, durante a idade média.

Antigamente o patchwork era feito principalmente pela necessidade de proteger-se do frio. Devido à “escassez” de tecidos todos os pedaços eram guardados e depois costurados para se fazer cobertas para o frio. Essas cobertas eram forradas com lã de animais para ficarem mais quentes. Portanto, a arte de unir retalhos era uma necessidade de juntar tecido para aquecer toda família. Ele começou a se espalhar em países da Europa como Inglaterra, Itália, França e Alemanha.

Os ingleses, que fugindo de perseguições religiosas vieram para a América e trouxeram esta maravilhosa arte para o Novo Mundo.

Com a invenção da máquina de costura em 1846 as mulheres ganharam mais uma ferramenta para confecções dos seus trabalhos. A partir daí o patchwork e o quilt passou a ser feito tanto a mão quanto a máquina.

Com a crise econômica após a 2º Guerra, as mulheres saíram para trabalhar no comércio e na indústria. Deixando assim o patchwork um pouco esquecido por não terem mais tempo.

Entretanto, na década de 70, com os hippies o artesanato voltou e com muita força. A partir daí foram desenvolvidos diversos acessórios e instrumentos para facilitar a confecção das peças. Permitindo o patchwork e o quilt adaptar-se ao agitado ritmo de vida dos dias atuais.

Com a evolução dos acessórios a indústria têxtil passou a desenvolver estampas e cores especiais para o patchwork o que tornou infinita as opções de cores e estampas transformando os tecidos em uma espécie de tintas e os quilts em mais que um artesanato, e sim em uma arte.

Atualmente o patchwork se tornou uma arte, da mesma forma como um quadro, onde os pedaços de pano são escolhidos como o pintor escolhe as cores e aplicados da mesma forma como o pintor move o pincel sobre a tela, cada um com sua própria forma e técnica.

Podemos encontrar nos Estados Unidos museus e galerias de arte especializadas no patchwork e o quilt.

Já aqui no Brasil essa técnica era utilizada pelos escravos nas confecções de roupas e cobertores que utilizavam os retalhos das sobras das roupas de seus senhores. Com a imigração européia de italianos, alemães e depois dos ingleses e americanos que o patchwork passou a ser mais difundido aqui no Brasil.

O que é  Quilting


A palavra quilt provém do latim culcita, uma espécie de colchão ou almofadão preenchido com algo macio e quente (assim como penas, lã ou cabelos) e usado para deitar ou cobrir. Quilting, que significa acolchoamento, e patchwork são parceiros no mundo do artesanato, e têm estado juntos por milhares de anos.

As razões para se fazer um quilt são diversas: eles podem ser simplesmente algo para manter as pessoas quentes; eles podem ser réplicas de velhos quilts, celebrando o passado; eles podem brincar com padrões e texturas de tecidos por puro prazer, pelo exercício e pela beleza do resultado.

Quilt é a costura, feita à mão ou à máquina, que prende todas as camadas do trabalho em patchwork.

Existem vários tipos de Quilt


O Quilt livre, feito sem desenhos ou formas pré-definidas, com um pé de maquina especial, o Big foot, deixa os movimentos - da maquina - livres e pode-se costurar em qualquer direção, sem a necessidade de virar o trabalho.

Ele é feito a certa de 0,5mm da costura. Quilting nas aplicações, feito ao redor da aplicação várias vezes. 

Também o quilt pode ser feito sobre as costuras, quando segue as costuras feitas para unir os tecidos do trabalho.

Quilting com curvas, ideal para quiltar as bordas do trabalho feito com linhas contínuas.

Quilting em tecido liso, feito com pontos de alinhavo formando desenhos. Feito com cor diferente ao do tecido.



Quilt á mão


Apesar de ser um trabalho demorado, este método é o preferido da maioria das artesãs. Use linhas especiais para quiltar no tom do tecido ou em cores contrastantes para dar um efeito especial. Atualmente estão disponíveis no mercado linhas mescladas e até mesmo as metalizadas. 

Comece alinhavando todo o trabalho para não correr o risco de ficar torto. Hoje temos disponível no mercado uma cola em spray que facilita esse processo e você não precisa alinhavar. Para começar a quiltar dê um nó na ponta da linha que está na agulha e passe-o pela primeira camada do tecido, ficando presa no centro do sanduíche. Pronto, agora é só começar.

Costure as 3 partes do trabalho, frente, manta e forro, com pontos de alinhavo pequenos, regulares, quiltando sempre do centro do trabalho para as bordas. Se quiser, faça alguns pontos de cada vez antes de puxar a linha. Há pessoas que preferem sair com a agulha no avesso do trabalho e introduzir para cima novamente, fazendo um ponto de cada vez.

Para terminar, volte a agulha 4 ou 5 pontos e esconda a linha entre o forro e a manta do trabalho ( Eu gosto de dar um nós para finalizar e introduzir novamente no trabalho e sair um pouco mais a frente para não cortar perto do nó. E também não soltar com o tempo conforme vamos lavando).

Quilt à máquina


Encontramos pés de máquina especiais que facilitam esse trabalho. São dois modelos para o quilt reto: o Walking-Foot e para o quilt livre: o Big-Foot.

O quilt reto, o traçado pode seguir as linhas da costura, ficando a 0,5mm dela, fazendo varias linhas por todo o trabalho, sempre em linha reta.

Abuse da sua criatividade. Com essas técnicas, que são as mais simples, você pode fazer colchas, almofadas, painéis, porta-retratos, jogos americanos e outras muitas peças.

Para deixar o trabalho mais bonito você também tem que conhecer os tipos de mantas e qual trabalho cada uma fica melhor.